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"Viver a arte em nós, como magia, como elemento de transformação, transfiguração.

A arte enquanto essência de vida, arte enquanto elemento divino, sagrado, profano. "


O Grupo Teatral Fênix é pura arte!

Ritos de Uma Paixão - uma breve história do Grupo Teatral Fênix


A FÊNIX INICIA SEU VÔO

“ Filho você já é um homem não precisa ficar pegando no seu pé a todo o momento, não é mesmo Elton?”

Quando esta frase foi pronunciada, cerca de 50 pessoas que estavam num teatro improvisado numa das salas da Fundação Vida viram nascer o Grupo Teatral Fênix, a peça era THE END “ O fim esta próximo” e a data 16 de março de 1996.

Éramos jovens sedentos por cultura, cheios de medos e fraquezas, tínhamos por desafio, convencer a nós mesmo que era possível, que podíamos fazer arte, porém tínhamos que driblar não só o nosso amadorismo, mas também a incompreensão dos nossos pais e a falta de patrocinadores.

Recebemos do senhor Ildeu Pereira total liberdade, a Fundação Vida estava de portas abertas para acolher sonhos e sonhadores.

Todos os dias no final da tarde nos reuníamos para os ensaios, dividíamos o espaço com a capoeira, com o Karatê e muitas vezes com alunos do Projeto Tele-Sala. O Grupo permaneceu ali durante 5 meses, como a peça estava agendada para estrear ao grande público no mês de novembro, não podíamos continuar na Fundação, o teatro não é egoísta, mas para fazê-lo, é necessário muita paciência, silêncio e concentração.

Procuramos o apoio do Convento e autorizados passamos a ensaiar em um palco que na verdade era o reservatório de água daquela entidade, esse local também era dividido com a catequese, aulas de violão e os cursos realizados pela igreja. Mesmo assim permanecemos até a estréia, 18 de novembro de 1996 no Ginásio Poliesportivo do Colégio do Carmo.



A ESTREIA

O Grupo Teatral Fênix sempre contou com um elemento fundamental: a sorte. A prefeitura havia criado a Fundação Municipal de Arte e Cultura e seu recém empossado diretor Claiton César, teve como primeiro desafio nos ajudar a transformar o ginásio do Colégio do Carmo num teatro. Primeiro tivemos que buscar no CAIC 6 estruturas de metal e madeira que pesavam uns 60K cada uma, carregar 200 cadeiras que colégio Delvito Alves havia emprestado, arrastar gols, limpar a quadra de esporte do ginásio e ajeitar o que seria o nosso camarim.

Tarefas cumpridas era hora de nos preparar para o público, tínhamos vendido muitos ingressos, a expectativa era grande. No camarim atrizes e atores desesperados, era o frio na barriga, era estréia.

Pintou outro grande Anjo da Guarda e grande mesmo, seu nome era Brunão (Bruno ), ele era ator do Movimento Cultural UMPAC-JEM e veio somar forças, nos ajudou a montar a iluminação, ajudou na maquilagem dos atores e atuou como contra-regra. A ajuda destes dois experientes atores foi fundamental para a nossa estréia, sem eles teríamos muito trabalho e muita dor de cabeça.

No camarim era aquele sufoco, era ator tentando lembrar falas, atriz passando roupas, brigando por cabides, pentes, etc e tal, mas o nosso maior medo era presença do público, será que vem gente?
As vinte horas abriram os portões do ginásio e uma multidão de jovens vieram prestigiar nossa estréia. Nossos pais, amigos e colegas de escola estavam lá, sentados em alguma daquelas pesadas e duras cadeiras do Delvito. Anunciaram o espetáculo, as luzes foram apagadas, as cortinas se abriram e o frio na barriga quase nos deixa numa situação constrangedora.

Quarenta minutos depois lá estava o público nos aplaudindo e “elogiando” nossa estréia. Finalmente podíamos dizer que fazíamos parte deste mundo louco que é o teatro, Claiton e Brunão era só alegria e quando foram embora ficou a certeza de que podíamos sempre contar com a proteção desses anjos do teatro. É importante dizer que o céu daquela noite quase se desmanchou em água e nós tomamos um abençoado banho frio e um belo resfriado de lambuja.


 

PRAÇAS, CALÇADAS e PORÕES

A partir da nossa estréia desenvolvemos a seguinte filosofia: O teatro deverá ser levado a todos os lugares da nossa cidade, iríamos democratizar e popularizar o teatro, fazer surgir nas pessoas o gosto pela arte e pela cultura, para quem ensaiava num reservatório d’água, qualquer lugar era um grande palco, e assim pensando levamos o teatro para dentro das escolas, nas calçadas dos bairros mais afastados e para dentro das empresas, coretos de praças, porões dos prédios, onde houvesse uma pessoa predisposta a ver o “teatro” lá estávamos nós prontos para atuar.

Temos histórias curiosas que devem fazer parte deste livro e se eternizar nestas páginas como prova de amor a arte, uma delas aconteceu no colégio Manoela Faria, numa dessas apresentações rápidas, a cena a ser montada tinha um “efeito especial”, um fio de pólvora deveria cruzar o palco, iluminando e provocando aquela fumaça “bonita” e mal cheirosa. O especialista na criação desta cena estava demorando chegar, então pegamos a pólvora e espalhamos pelo palco, bem na hora da cena o nosso “especialista” chega, risca o fósforo e bum! A preocupação foi geral, graças Deus nada demais aconteceu, pois a ator estava até rindo do susto, no outro dia encontro com ele na fila do Banco do Brasil, o cara parecia uma onça pintada, estava com a cara toda descascada e os cabelos chamuscados e uma mancha vermelha decorava seu pescoço, olhei para ele, ele balançou a cabeça e disse: Foi nada não, nem doeu! Estou pronto para a próxima. Teatro pobre é assim mesmo, temos que inventar nossos “D”efeitos especiais.

Tínhamos perdido nosso local de ensaios e a convite dos diretores da ACIU passamos a ensaiar no porão daquela entidade, ela funcionava em cima da Everesti, o porão era um bom lugar, pelo menos não dividiríamos ele com outros, era o que pensávamos até o primeiro ensaio, lá também havia um reservatório de água e agregado a ele uma imensa e barulhenta bomba d’água, não dava para ensaiar com aquele barulho. Um dia descobrimos a chave que desligava a bomba e então nos ensaios alguém ia lá e desligava a barulhenta, tinha até escala mensal de quem ficaria responsável pelo desligar e ligar a bomba, até que um dia alguém se esqueceu de ligar e aí... A água invadiu o porão, quase molhou os arquivos da ACIU e nos deixou na rua. Também nós não queríamos mais ensaiar naquele lugar cheirando a mofo.

Fomos ensaiar na casa do Zénei, lá não podíamos falar alto por causa da sua avó, Dona Renéia era brava, Zénei tinha tanto medo dela que não podíamos si quer pegar as cadeiras para sentar, era um ensaiar mudo e em pé, risos nem pensar, no final a gente se reunia e ia para calçada contar histórias de terror ou aventuras infantis. Foram bons momentos aqueles, onde éramos inocentes e nosso maior desejo era achar um lugar ideal para ensaiar.

O Bordom, da Ideal construtora nos procurou e ofereceu a cobertura do Brasília Flat, lá podíamos ensaiar despreocupados com o barulho, era um local maravilho e logo demos a ele nossa cara, compramos um espelho grande, pintamos as paredes, enfeitamos garrafas pets que foram colocadas no telhado. Era ali a nossa casa, mas estava bom demais para ser verdade, nosso barulho começou a incomodar a vizinhança andares abaixo, o síndico chamou nossa atenção: Seu moço, não da para ensaiar em silencio, os gritos e a cantoria fazem parte do espetáculo que estamos preparando.... Não teve argumentos tivemos que sair.
Eu sei que o amigo leitor deve estar pensando que somos arruaceiros, bagunceiros e muito atrevidos, você não esta enganado, somos isso mesmo, mas não conte pra ninguém, não fazemos por maldade ou por falta de educação é que teatro precisa também do barulho, da farra e da desordem para acontecer.


SANTOS, ANJOS e DEMÔNIOS

"Por que a cara feia, não gostou ou sentirá gosto de fel, não é o Messias, não transformou água em vinho? Por que não transforma vinagre em mel?"
(Jesus de Nazaré 2002)

A peça Jesus de Nazaré o auto da crucificação, foi um marco no nosso trabalho, o grupo se enveredava pelos caminhos santos do teatro religioso e apresentava uma nova idéia para compor peças. O espetáculo era simples, assim como seu cenário e figurino, tudo feito de forma artesanal, as falas rimadas davam ao texto uma linguagem poética, causando no público uma emoção diferente. Até hoje guarda na minha memória a entrada da atriz Adriana que vivia o papel de Maria Madalena, seus gestos, sua voz suave, seu andar calmo e sereno, Adriana se desligou do grupo indo fazer carreira como dançarina, uma vez por ano ele vem a Unaí, matamos saudades, relembramos os velhos tempos e brindamos o dia com muita coca-cola.

O Cristo foi interpretado pelo ator Josénei, que brilhantemente deu vida ao maior de todos os personagens. Cada cena foi trabalhada com detalhes, cada gesto, cada olhar, cada fala, teria um significado importante na peça, Josénei se viu ator e sentiu na pele o processo de construção de um personagem. O texto emocionou o público presente, nós atores estávamos em êxtase pelo sucesso, pelo cansaço e pelo medo da reação do público a nova linguagem teatral que propúnhamos com aquela peça.

Ainda dentro da atmosfera religiosa o Grupo Teatral Fênix assumiu por 3 anos seguidos a produção da Via-Sacra, introduzimos algumas cenas do auto da crucificação e demos um ar mais cênico a montagem, o público gostou e o teatro voltou para as ruas.


RIR É O MELHOR REMÉDIO

“...Você que ser o álcool da minha cachaça, a dor de cabeça da minha ressaca, a rolha da minha garrafa?...”
(Amor I Love You 2001)

Humor sempre fez parte das montagens do grupo, mesmo em peças mais sérias sempre achávamos um jeito de fazer o público rir, isso parte da idéia de que o público busca no teatro um motivo para relaxar, se livrar do stress diário, vi ao longo dos anos montagens onde o público era obrigado a sentir-se acuado, sufocado, vi esse público sair do teatro mais tenso do que entrou, e isso não era bom, é um falso teatro onde o público era desrespeitado enquanto platéia. O Grupo Teatral Fênix sempre colocou a platéia como o mais importante elemento na realização teatral, o público não merece tensão, sacudir o pensamento sim, torturar não.

As comédias Amor I Love You e Sonhos de Uma Noite de Verão são os destaques nestes doze anos de existência, foram montadas várias vezes e centenas de pessoas vieram assistir, rir e se emocionar com as aventuras amorosas dos casais que marcam as duas peças. Na primeira montagem de Sonhos de uma noite o publico reagiu de uma forma que eu nunca tinha visto, nem enquanto platéia, nem enquanto ator, ao finalizar a peça, o público aplaudia de pé e nós atores dançávamos no clima da jovem guarda.

O Grupo montou vários textos educativos, são peças com linguagem popular e de forte apelo social, destacamos: Toin e Zezim (abordando tema sobre preservação ambiental), As Aventuras do Zé Buzu (texto infantil sobre o correto uso do transporte escolar), Super Milk contra Mister Desnutrição (aleitamento materno e alimentação infantil), entre outros.


SIPAT “ O TEATRO NA EMPRESA”

A convite da técnica em segurança de trabalho da CAPUL foram desenvolvidos textos teatrais com foco na informação, socialização e educação dos funcionários com abordagem de temas relacionados à segurança no trabalho, o correto uso do EPI (Equipamentos para Proteção Individual), o mal uso e abuso de bebidas alcoólicas, direção perigosa, relacionamento familiar e tantos outros temas. Essas peças na sua maioria eram escritas durante a realização da SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho). Tomamos gosto pela coisa e buscamos novas empresas, com o tempo já estávamos apresentando em quase todas as SIPATS de Unaí. A peça Big Brother foi a mais apresentada, pois podíamos variar sempre o tema abordado, neste texto os atores viviam uma novela, onde a cada dia um teria que ser eliminado pela platéia, após cometer erros que colocaria em risco o bom desempenho da empresa.

Nossa participação nestas empresas permitiu a construção de um relacionamento amigável entre o Grupo e o empresário (patrocinador), fazíamos um acordo ou permuta como preferirem, montávamos de graça as peças durante a SIPAT e a empresa ficava comprometida a nos patrocinar durante o ano todo. Nesse jogo o empresário e os funcionários satisfeitos, o Grupo realizava tranquilamente seus projetos e a cidade toda ganhava com mais um projeto sendo realizado pelos atores.


UNACÊNICO

“...Espaço para a arte de todos nós, é preciso fazer algo para popularizar o teatro de nossa cidade e o Unacênico cumpre este papel.”
(declaração durante realização do 3º Unacênico)

Quando começamos a fazer teatro, tínhamos conhecimento da existência de outro importante grupo, era o Movimento Cultural UMAPAC-JEM, liderado pela atriz e diretora Célia Araújo, eles desenvolviam também vários projetos importantes na cidade e com eles aprendemos muito, várias foram as vezes que a Célia nos ajudou, emprestando cortinas, nos orientado quanto a produção, empresas patrocinadoras, na verdade Célia nos mostrou o caminho das pedras, e como era difícil andar sobre essas pedras.

Nessa caminhada descobrimos vários outros grupos de teatro em nossa cidade e que enfrentavam as mesmas dificuldades. Esses grupos estavam restritos aos bairros, comunidades religiosas ou mesmo escolas, o que dificultava a construção de uma consciência cultural e até mesmo a divulgação desta riqueza que era o teatro unaiense.

Precisávamos criar algo que pudesse reunir anualmente toda a produção teatral de Unaí e daí nasceu o Unacênico (Mostra Unaiense de Teatro). O evento entrou no ano de 2007 na sua 6ª Edição, e é hoje o grande evento cultural de Unaí, pois agrega a ele além do teatro, a dança, a poesia, oficinas, palestras, exposição de artes plásticas e a música. Nascido com a missão de popularizar o teatro, o Unacênico vem cumprindo seu papel.



A FÊNIX EM BUSCA DO SEU NINHO

“..Sonho que se sonha só e só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha juntos é realidade...”
(Pensamento defendido pelo grupo )

Tem um velho ditado que diz que “Quem Casa quer Casa” e como somos casados com nossa arte temos buscado a construção da nossa casa, ou melhor, dizendo a construção do nosso ninho. É claro que não seria fácil um grupo de jovens ousando construir um espaço para a promoção da cultura. Em que terreno? De onde iria vir à verba? Quem iria trabalhar nessa construção?

No ano de 2003 alugamos um terreno situado a rua Rio Preto, 403 e decidimos construir o nosso ninho, fizemos uma planta num papel de pão, traçamos os primeiros passos e fomos para as ruas vender picolés, rifas, CDs, livros, trocamos nossa arte por tijolos, cimentos, madeira.... Várias empresas nos contrataram para pequenas apresentações e em troca ganhávamos o material de construção.

O dinheiro do picolé era o pedreiro, e contado mais uma vez com a sorte e com a benção de Deus, pois foi colocado em nosso caminho o amigo Vanderlei, um pedreiro sonhador, meio arquiteto, meio engenheiro, meio eletricista, meio em tudo e de um coração inteiro, imensamente divino, que na maioria das vezes trocou seu trabalho por cestas básicas ou por momentos de risos, Vanderlei sentia-se um Fênix, e o acolhemos como nosso paizão.

Trabalhamos muito, fomos pedreiros, carpinteiros, serventes, arquitetos, calejamos as mãos, vimos nossas meninas se machucarem carregando terra, socando chão, coando areia. Lembro-me do dia da inauguração, o espaço cultural foi chamado de Centro de Cultura Popular Maria Torres Gonçalves, uma homenagem em vida a grande dama de nossa cidade e responsável pela a preservação da nossa história.

A festa foi bonita, toda a imprensa compareceu, nossos amigos, Dona Maria Torres, as famílias dos meninos do grupo, o Wanderson Gordinho chegou todo esfolado, pois havia caído de bicicleta, chegou sorrindo e suspirando de dor, Vanderlei também veio, e a população pode presenciar o grande exemplo de força, perseverança e organização. O trabalho que fizemos ali era a maior prova que quando se quer algo para o bem de todos, tudo conspira a favor, e que era possível construir qualquer coisa desde que não haja preguiça ou medo de tentar.


A FÊNIX ENSINA A VOAR

Todos os domingos pela manhã uma trupe de atores pegavam suas bicicletas e partiam para algum bairro mais afastado do centro da cidade, com um montão de idéias na cabeça, era o Projeto Nas Trilhas da Arte, que levava oficinas de iniciação teatral aos jovens participantes das comunidades religiosas ou estudantes das escolas públicas de Unaí. Na maioria das vezes esse as oficinas aconteciam nas calçadas, pois o grupo chegava com os alunos e encontrava a igreja ou a escola fechada.

O projeto era interessante e não podíamos desistir dele, com a construção do Centro de Cultura, passamos a desenvolver o projeto no teatro. Cada escola seleciona por ano 25 alunos, que passam por três meses de oficinas e termina na realização do Festival Estudantil de Teatro (2ª Edição em 2007).

Durante os três meses de oficinas os jovens aprendem um pouco da arte do teatro, apreendem sobre ética, socialização, valorização do patrimônio cultural de nossa cidade e principalmente, aprendem a valorizar a vida. O resultado final é maravilhoso, é bacana ver essa juventude no corre-corre do camarim durante suas estréias no palco, literalmente a Fênix ensinava a voar.


O RENASCER DAS CINZAS

“...Companheiro é Companheiro...” 
(saudação do grupo durante os trucos, farras e alegrias )

Sabe aquele vazio que fica quando você perde algo de muito espacial, sabe aquela dor que teima em doer, mesmo em momentos de muita alegria, sabe aquele viver sempre pensando em acordar de um sonho que parece não ter fim. Pois é amigo, é o que sentimos toda vez que lembramos o nosso amigo gordinho.

Figura exemplar, de um imenso coração e ético, Wandeson de Carvalho Braga se foi, e com ele a inocência do riso e a razão nos momentos de crise no grupo. É difícil fazer qualquer espetáculo sem ouvir lá da platéia aquela gaitada inconfundível, que fazia o público rir mais do que a piada que vinha do palco.

Em seu pouco de tempo de vida o ator Wanderson viveu nos palcos grandes papéis, foi por duas vezes Pilatos na encenação a Paixão de Cristo, fez o povo rir quando viveu o tio Lolô na peça infantil a Casa Mal Assombrada, participou da montagem da peça O Prefeito Perfeito, O Namorador na Noite de São João, Manisfeto Tupiniquim, Unaí em Verso e Prosa, Fragmentos e se preparava para viver o Senhor Barriga na nossa versão da Turma do Chaves.

Wanderson era o Rei Momo do Carnaval de Unaí eleito em 2002 quando realizamos o primeiro desfile de carnaval da nossa cidade, ele adorava dançar, rir, jogar seu truco e abraçar... era um sujeito carinhoso. Partiu na manhã de carnaval de 2007, após ficar por três meses tentado se recuperar de uma fratura na vértebra do pescoço. O grupo precisava ressurgiu da dor, refazer sua alegria e voltar a fazer o que o gordinho mais gostava, era preciso fazer o povo rir. Wanderson Gordinho, eternas saudades.



PEÇAS, PESSOAS E PERSONAGENS

Um dos marcos na trajetória do grupo é sem dúvida a peça Unaí em Verso e Prosa. O texto foi escrito para homenagear os 60 anos da nossa cidade. Foi apresentado pela primeira vez durante a cerimônia de entrega da revista comemorativa dos 60 anos, editada pelo jornalista Luiz Anselmo, no Hotel Fazenda Curva do Rio, o publico presente se emocionou com o desenrolar da nossa história sendo contada de forma poética, um dos grandes momentos foi ver o público cantar o jingles de campanha que marcaram época em Unaí.

Os nomes dos pioneiros da nossa cidade eram relembrando sobre o aplauso de familiares, amigos e conhecidos, em alguns momentos podíamos ver as lágrimas brotando dos olhos da platéia.

Essa não era primeira vez que contávamos de forma poética e teatral a história de alguém, já contamos a vida política de José Luiz Adjuto Filho, as conquistas do desembargador Tibagy Salles (este chega a citar em um livro feito por ele que a peça foi dos grandes momentos vividos ele).
Do teatro declamado tem como destaque ainda os textos: Manifesto Tupiniquim, Fragmentos, Ciranda Cirandinha, Nação Zumbi, entre outros. Essas peças fazem parte do livreto Teatro em Prosa e Verso, editado pelo grupo em 2007.



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